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O bina como um artefato tecnológico: B identifica A na tecnociência (1960-2016)
Última alteração: 2016-08-19
Resumo
O projeto investiga as controvérsias em torno do BINA, artefato tecnológico de intensa disputa por sua invenção e patenteamento. A hipótese é que o BINA estaria dentro da tecnociência, um conhecimento que articula a ciência e a tecnologia, aplicado à atividade econômica, no contexto capitalista. Metodologicamente, há duas direções. Na primeira, aborda-se a história de Nélio José Nicolai, possível criador do BINA, que luta para se legitimar como o inventor. Tal fase está ligada à educação profissional, pois, entre 1960 e 1966, Nicolai foi aluno na antiga Escola Técnica de Belo Horizonte. Com documentos do Arquivo Geral do CEFET-MG, procura-se identificar: o papel do ambiente escolar, os modelos de aprendizagem técnica, os círculos de socialização entre docentes e alunos etc. Em outra direção, trabalha-se com as controvérsias. Desde 1977, a polêmica foi instalada com o pedido de patente para um identificador de chamadas no Brasil, de Valdir Bravos Salinas. Com acessos aos documentos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, emergem outros problemas e fontes de investigação: os critérios de definição de patentes, os interesses das empresas de telecomunicações, as disputas judiciais, a mobilização sobre o BINA em jornais, revistas, programas de televisão etc. Conclui-se que as controvérsias em torno do BINA e dos envolvidos ao seu redor fazem dele um caso exemplar para se entender as dinâmicas tecnocientíficas na atualidade.
Palavras-chave
BINA. Tecnociência. Controvérsias.