Tamanho da fonte:
RESOLUÇÃO EXPERIMENTAL E LIMITE CLÁSSICO-QUÂNTICO
Última alteração: 2016-09-01
Resumo
Os fundamentos da mecânica quântica têm sido objeto de intenso debate pois, a despeito de seu poder explicativo, ainda não há consenso acerca de sua interpretação. A origem de tal debate é atribuída ao chamado problema quântico da medição, que se refere à falha da interpretação ortodoxa em explicar como o colapso da função de onda ocorre. Em resposta às questões postas em evidência pelo problema quântico da medição, entre elas a emergência da classicalidade, diversos modelos têm sido propostos. Uma proposta mais recente considera a emergência da classicalidade como resultado da limitada acurácia de um aparato de medida, que introduz uma espécie de granularização sobre os possíveis resultados obtidos em um processo de medição de qualquer observável. Este trabalho consiste no estudo da influência da resolução limitada de um aparato de medida na caracterização da transição quântico-clássica. Para tanto, usou-se, como laboratório, um sistema formado por dois subsistemas de dois níveis (q-bits) acoplados. O objetivo foi simular a reconstrução de um estado em que o sistema foi inicialmente preparado através de medidas tomográficas imperfeitas. Verifica-se que o estado reconstruído, em função das limitações experimentais, tem fidelidade reduzida se comparado com o estado no qual o sistema foi preparado. Em particular, mesmo que o sistema composto seja preparado em um estado puro, o estado reconstruído é caracterizado por uma mistura estatística.
Palavras-chave
Transição quântico-clássica. Tomografia de estados quânticos. Sistemas de dois níveis.