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No desenrolar da modernidade novas tecnologias de comunicação e informação; massificação de bens, produtos e serviços; flexibilização das relações de trabalho, abrem caminhos para a emergência de novas formas de organização do capital em que a iniciativa e a autonomia relativas do trabalho entram em cena à custa de garantias materiais e psicológicas das/dos trabalhadoras/res. Este trabalho apresenta achados de uma pesquisa bibliográfica numa leitura crítica das práticas de gestão propostas por manuais de Gestão de Recursos Humanos. Buscamos problematizar as orientações prescritivas de tais manuais tencionando-as com o campo conceitual oriundo ergologia e com a de outras perspectivas críticas contemporâneas. Os resultados apontam que tal caráter prescritivo das principais práticas que compõem a gestão dos recursos humanos, dentro do conjunto de processos em interação que visam a aquisição dos recursos humanos, sua alocação dentro da estrutura da organização, sua utilização, sua preservação, seu desenvolvimento e sua avaliação em um quadro planificado de necessidades, acaba por deixar de fora toda uma dimensão das renormalizações empreendidas pelos trabalhadores para cumprir com o que lhe é prescrito fazer. Assim concluímos demonstrando alguns dos limites da dimensão normativa das práticas de gestão de pessoas e levantando questões sobre a possibilidade de formas mais emancipatórias de gestão com as pessoas nas organizações na busca de superar seu rigor prescritivo.

Gestão de pessoas. Ergologia. Trabalho.