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As fachadas dos edifícios estão sujeitas à deposição de sujidades e ao desenvolvimento de bolor que degradam a qualidade e estética dos seus materiais componentes. A umidade, a temperatura e o pH da superfície são fatores decisivos para o aparecimento, manutenção e aumento em extensão do bolor. Nanopartículas de TiO2 são fotocatalisadores potentes que sob o estímulo da radiação ultravioleta podem incorporar propriedades autolimpantes e fungicidas aos substratos de argamassa. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho antifúngico de argamassas cimentícias dopadas com nanopartículas de TiO2. Foram confeccionadas amostras com incorporação de TiO2 nas fases anatase e rutilo em proporções de 1; 2,5 e 5 wt% de cimento. As amostras foram contaminadas com fungos do gênero Cladosporium e submetidas à variação de umidade relativa do ar com monitoramento da temperatura e UV, exposição ou não à radiação solar, e presença ou não de vidro moído na mistura. Os resultados foram sutis devido à dificuldades operacionais durante a execução dos testes finais. Contudo, pode-se observar ação fungicida da TiO2 em todas as amostras, mesmo as que não haviam sido expostas à radiação UV. Amostras contendo 2,5wt% de TiO2 apresentaram maior eficácia, principalmente, quando associadas à incorporação de vidro. Supõe-se que a capacidade de refração das partículas de vidro favorece a redistribuição da radiação UV na argamassa. Estes resultados sugerem a continuação desta investigação.

Argamassa. Bolor. Fotocatálise.