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DISCURSO DA CENSURA NA MÍDIA ELETRÔNICA
Última alteração: 2018-09-09
Resumo
Investigamos a produção de sentido no discurso jornalístico a fim de compreender a relação entre os jornais e as formas de dizer Censura em suas notícias, observando os critérios que o gênero textual escolhido mobiliza. Nosso corpus empírico foi constituído por notícias publicadas em “www.folha.com.br”; “www.oglobo.com.br” e “www.carosamigos.com.br, no período entre janeiro de 2003 a maio de 2017, em que a palavra Censura comparece. Destaca-se que as posições ideológicas adotada pelos jornais são diversas, razão pela qual analisamos modos de subjetivação e as posições discursivas em que o sujeito se inscreve (Pêcheux, 1975). As sequências discursivas que constituíram o corpus foram organizadas pelas seguintes redes temáticas: MÍDIA, JUDICIÁRIO, POLÍTICA E EDUCAÇÃO. Como resultado da análise, nos importa destacar a posição discursiva de censor assumida pelo Governo; tal resultado não surpreende quando rememoramos que o grande censor no Brasil fora o Estado. Quase na mesma proporção, a mídia surge como vítima da censura, exercida pelo governo ou pelo judiciário. O dizer censura ainda se encontra vinculado fortemente a sentidos de “proibir”, “vetar”, “excluir”, mas outros sentidos estão sendo conferidos como “advertir” e “punir”, “bloquear”. Os resultados desta pesquisa confirmaram a importância, do ponto de vista teórico e social, de dar prosseguimento às investigações acerca da produção e funcionamento censura, tendo em vista também a atualidade do tema.
Palavras-chave
Censura. Mídia eletrônica. Discurso