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“MENOS AMOR E MAIS GLIFOSATO, POR FAVOR”: O USO TECNOCIENTÍFICO DOS AGROTÓXICOS NO BRASIL ATUAL E A CONTESTAÇÃO AGROECOLÓGICA
Última alteração: 2018-09-28
Resumo
O presente projeto tem como objetivo analisar o debate no Brasil contemporâneo sobre o uso de agrotóxicos na produção agrícola. Parte-se da tecnociência, como referencial conceitual que retrata como a ciência e a tecnologia são movidas e condicionadas pela economia no neoliberalismo, e sua relação com os discursos sobre os agrotóxicos, da “revolução verde” à produção vinculada ao agronegócio na atualidade. Busca-se perceber, hipoteticamente, por meio de reflexão teórica e de práticas sociais, como a Agroecologia pode se configurar como alternativa técnica, científica e tecnológica, fundada no trabalho e em contraposição ao paradigma produtivo hegemônico, contribuindo efetivamente para uma alimentação saudável. O trabalho segue três caminhos metodológicos: no primeiro momento, analisa-se o debate atual acerca do uso de agrotóxicos na produção agrícola, em que se mapeia o cenário econômico por meio de documentos oficiais (dados e estatísticas do IBGE, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e demais instituições) e do dossiê da ABRASCO “Um alerta dos impactos dos agrotóxicos na saúde”; posteriormente, são levantadas as principais questões trazidas à tona pela “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, como forma de perceber uma arena de controvérsias e questionamentos; por último, a fim de se entender a Agroecologia como uma contraposição à tecnociência, analisam-se suas bases conceituais e também experiências práticas em Belo Horizonte.
Palavras-chave
Agrotóxicos. Tecnociência. Agroecologia.