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A relação espécie-área é uma medida numérica em constante pressão ambiental. Ela flutua segundo as condições do hábitat, tais como a disponibilidade de recursos, qualidade ambiental, fatores limitantes e impactos ambientais. Estes por sua vez, determinam a presença ou não das espécies em uma região. A finalidade deste estudo foi comparar a relação espécie-área da sub-bacia do rio Cipó entre 2005 e 2018. Acessamos esta informação pela divisão da riqueza de espécies capturadas em cada ano, pela área da sub-bacia do rio Cipó. Para captura dos peixes utilizamos redes de espera (diferentes malhas), rede de arrasto, tarrafa e peneira. Realizamos coletas trimensais em diferentes pontos ao longo da sub-bacia do rio Cipó. Capturamos 297 indivíduos distribuídos em 29 espécies em 2018, em contraste às 36 espécies capturadas por outros pesquisadores em 2005. Determinamos que a relação espécie-área em 2005 era de 2,256 ind/m2 e de 2,195 ind/m2 em 2018. É possível que esta queda no número de espécies tenha relação ao turismo e à crescente e desordenada expansão demográfica na região. A fauna local é composta por espécies ameaçadas, além de muitos organismos sensíveis à variações ambientais. A queda na relação espécie-área, serve como alerta aos riscos ambientais que a Serra do Cipó vem experimentando nos últimos anos.

Ictiofauna. Biodiversidade. Impacto ambiental