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A bacia do Rio Doce, localizada na região sudeste do Brasil, possui grande importância econômica, ambiental e social, sendo fonte de recursos, abastecimento e biodiversidade. A utilização dos recursos hídricos da bacia do Rio Doce para atividades mineradoras e de geração de energia foi intensificada a partir da década de 1980, de maneira que seu regime hidrológico natural pode ter sofrido perturbações por influências antropogênicas. A metodologia proposta por Richter consiste no cálculo de Indicadores de Alteração Hidrológica, composto por 33 parâmetros do regime do fluxo de um rio, divididos em cinco grupos: magnitude do fluxo, duração, periodicidade, frequência e taxa de alteração do fluxo. Dessa forma, esse modelo foi utilizado para a quantificação da variação do regime hidrológico em três estações: Ponte Nova Jusante (Rio Piranga), a montante de hidrelétricas; Cachoeira dos Óculos Montante (alto Rio Doce), a jusante de hidrelétricas e Mário de Carvalho (Rio Piracicaba), a jusante de barragens de rejeito. Foram realizadas comparações entre períodos pré e pós-impacto, sendo concluído que a montante de hidrelétricas as alterações de maneira geral foram baixas, enquanto a jusante, pode-se perceber alterações medianas do regime hidrológico. Já para os períodos pós-impacto dos três locais, observou-se poucas influências quanto ao tipo de barramento, entretanto, a análise montante/jusante de UHEs, as alterações mais significativas foram notadas nos períodos mais chuvosos do ano.

Regime hidrológico. Bacia do Rio Doce. Indicadores de alteração hidrológica