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Grande parte dos compostos farmacêuticos não são assimilados totalmente pelo organismo humano, podendo ser eliminados no meio ambiente e afetar os ecossistemas. Assim, torna-se de grande importância entender o comportamento desses compostos no meio ambiente e sua biodegradação. O presente trabalho buscou avaliar a biodegradação de fármacos na água e em sedimentos e entender qual a rota percorrida por esses fármacos no meio ambiente. Os medicamentos utilizados foram o diclofenaco sódico e o propranolol. O diclofenaco é um analgésico e anti-inflamatório largamente utilizado. O propranolol é um anti-hipertensivo beta bloqueador largamente empregado no tratamento de doenças do coração, como hipertensão e angina. Para realização dos experimentos e avaliação da biodegradabilidade dos fármacos, foram realizados experimentos em ambiente aquático e na presença de sedimento, de acordo com as normas da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), utilizando o método da respirometria manométrica (OECD 301F) por meio do sistema OxiTop-C, que mede o consumo de oxigênio durante a biodegradação. Foram realizados quatro experimentos compostos por cinco séries em um período de 9 dias cada um. Os frascos foram mantidos em incubadora a 25 ºC durante o período experimental. Os resultados obtidos indicaram uma maior biodegradação do propranolol em relação ao diclofenaco durante o período experimental, tendo-se observado uma biodegradação de até 38% do propranolol.

Biodegradabilidade. Fármacos. Sedimentos