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SINERGISMO DE DEGRADAÇÃO EM GEOTÊXTEIS: ENSAIOS LABORATORIAIS SOB FLUÊNCIA À TRAÇÃO, TEMPERATURA E INCIDÊNCIA DE RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
Última alteração: 2018-08-31
Resumo
A tensão de fluência sob geotêxteis pode levar a falhas e mesmo ao colapso da obra. Um aspecto de grande relevância e ainda não abordado em normas é a influência da incidência de radiação ultravioleta. O presente trabalho avaliou a degradação de um tipo de geotêxtil tecido de polipropileno quando submetido a ensaios acelerados (480 e 840 horas) de fluência à 30 e 55oC, simultaneamente, com dois níveis de incidência total de radiação ultravioleta-UVA de 80 e 140 MJ/m2 com cargas de 10% da resistência à tração, usando um equipamento de ensaio projetado e executado nesta pesquisa e comparando com resultados obtidos em ensaio de fluência à tração com exposição em campo realizado durante 2.160 horas (incidência UV estimada de 85MJ/m2 e variação térmica média de 50ºC, na face do geotêxtil). Nos ensaios acelerados obteve-se perdas de resistência mecânica média de 11,0% (UV + 30oC) e 11,6 (UV + 55oC) com nível de incidência de radiação ultravioleta-UVA de 80MJ/m2. Para o nível 140 MJ/m2, os valores de perda de resistência foram de 12,6% e 17,2%, respectivamente. O valor de perda de resistência obtido no ensaio acelerado para 80MJ/m2, considerando incidência de UV-A e temperatura de 55oC, foi relativamente próximo ao valor de perda em campo (14,5%). Os alongamentos medidos durante a realização dos ensaios demostram a relevância da temperatura na aceleração da degradação mecânica por fluência.
Palavras-chave
Geossintéticos. Durabilidade. Fluência. Radiação