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A classe trabalhadora busca no ensino técnico uma forma de qualificação para sua inserção no mercado de trabalho, porém, frequentar o ensino técnico público de nível médio também faz parte dos objetivos da classe mais abastada, como uma oportunidade de se preparar para o ensino superior. Nessa perspectiva de dualidade de intenções de jovens entre 15 e 17 anos, em um país como o Brasil, com diferenças e desigualdades tão evidentes, é imprescindível analisar os inúmeros recortes que interferem nas trajetórias, projetos de vida, motivações e expectativas dos jovens que almejam cursar o ensino técnico, sobretudo, daqueles que vivem em vulnerabilidades sociais diversas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de cunho quali-quantitativo, teórico-empírico-documental, realizada no Programa de Extensão Pro-Técnico do CEFET-MG - um curso presencial que visa a revisão e complementação do conteúdo do ensino fundamental. A partir da análise das trajetórias, dos projetos de vida, das motivações e das expectativas dos seus alunos e egressos em relação ao futuro profissional evidencia-se que o Pro-Técnico traz inúmeros impactos sociais e sua efetividade na formação omnilateral de jovens em vulnerabilidade social vai além da mera preparação instrumental para o vestibular da instituição, agindo diretamente na diminuição das desigualdades que perpassa a trajetória desses jovens.

Educação profissional. Juventudes em vulnerabilidade social. Pro-Técnico. Redução das desigualdades.