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Dentre as diversas possibilidades de expressão de preconceito de um grupo social contra outro se encontra o sexismo. Embora atitudes sexistas, como o machismo, tenham se iniciado na sociedade patriarcal para segregar as mulheres e as atividades relacionadas ao feminino, as estruturas, grupos e instituições sociais incorporaram tais conceitos e atitudes e os reproduzem hodiernamente contra todos/as aqueles/as que desobedecem a certa ordem estabelecida e transgridem o status quo. No mundo do trabalho evidenciam-se segregações em áreas e em atividades profissionais, bem como atribuição de maior ou menor valor e qualidade a uma profissão ou função, pela simples associação das atividades desenvolvidas às concepções sociais do masculino ou feminino. Destarte, à luz da teoria da divisão sexual do trabalho, fundamentada na Sociologia do Trabalho francesa de base marxista, preconizada por Kérgoat (2009) e Hirata (2011), o presente estudo realizado na Rede Pública de Educação Municipal de Belo Horizonte, por meio da análise dos discursos de entrevista semiestruturadas com professores homens que atuam na Educação Infantil evidencia que a divisão sexual do trabalho docente demarca os níveis e modalidades de atuação de professores e professoras, cria obstáculos à livre atuação docente dos professores homens da educação infantil e gera preconceitos de gênero e sexismo também a esse grupo social.

Sexismo. Divisão sexual do trabalho. Educação infantil.