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INTERPRETAÇÕES DA AMERICANIDADE EM MAX HORKHEIMER E THEODOR ADORNO
Última alteração: 2019-09-03
Resumo
Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), integrantes da Escola de Frankfurt e de origem judaica, estavam na Alemanha durante a ascensão do totalitarismo e migraram, em 1938, para os EUA, onde permaneceram até 1950. Os dois alemães produziram e publicaram interpretações sobre a sociedade e a cultura anglo-americanas e o objetivo do presente estudo foi compreender essa interpretação. A pesquisa foi bibliográfica e o material empírico constituído por quatro textos de autoria dos dois autores, juntos ou separados. Os resultados apurados fomentaram duas conclusões. A primeira é que foi nos EUA que os dois filósofos sociais alemães mergulharam fundo nos bastidores dos meios de comunicação de massa, particularmente o rádio, para elaborarem a teoria da indústria cultural ou da indústria da diversão como forma de integração das massas. A segunda conclusão é no sentido de uma ausência de identificação pessoal dos autores com a vida nos EUA, por eles identificada como vida heteronômica e na qual os seres humanos são reduzidos a apêndices de uma gigantesca maquinaria produtiva. Horkheimer e Adorno identificavam a sociedade anglo-americana como uma sociedade administrada, cuja referência de dominação era a integração do tempo livre das pessoas à lógica da produção e do consumo visando ao lucro.
Palavras-chave
Horkheimer e Adorno. Europa. América.