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Resíduos de óleos vegetais usados em processos de frituras são descartados indevidamente em sistemas de esgoto e corpos d’água, representando riscos de poluição ambiental. Diante disso, o trabalho objetivou avaliar o óleo de algodão residual gerado no processo de fritura em uma indústria produtora de batata chips de Belo Horizonte, visando definir rotas para o seu emprego na produção de sabão lava-roupas líquido. As propriedades físico-químicas: índices de acidez, saponificação e refração deste óleo foram avaliadas de acordo com as normas do Instituto Adolf Lutz, comparando-se os valores obtidos com o estabelecido pela legislação brasileira. O índice de acidez encontrado foi superior ao permitido para óleos vegetais utilizados em fritura, qualificando-o como impróprio para esta finalidade, sendo indicado seu consumo de outras formas. Com relação ao índice de saponificação, o óleo residual mostrou-se com valor próximo ao do óleo refinado e dentro da faixa estabelecida pela legislação, permitindo inferir que o processo de fritura não interferiu na qualidade do óleo. De forma análoga, pode-se inferir também que o processo de fritura não provocou modificações significativas no índice de refração, pois ambos os óleos apresentam resultados próximos ao valor superior da faixa indicada na legislação. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que óleo de algodão residual analisado apresenta qualidade adequada para ser empregado na produção de sabão lava-roupas líquido.

Óleo residual de fritura. Propriedades físico-químicas. Sabão lava-roupas líquido.