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CONHECIMENTOS MOBILIZADOS NOS ITENS OBJETIVOS DA PRIMEIRA FASE DA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA NA ÓPTICA DA TAXONOMIA DE BLOOM REVISADA
Última alteração: 2019-09-03
Resumo
Anualmente, desde 1989, a Sociedade Brasileira de Física promove a Olimpíada Brasileira de Física (OBF). Há uma grande preocupação no Ensino de Física do Brasil tanto em entender os conhecimentos avaliados em exames de larga escala e em provas desse modelo, bem como em avaliar sua consonância com o currículo do ensino médio. Os objetos de análise deste trabalho são as provas dos níveis II e III aplicadas na primeira fase da OBF nas edições dos anos 2016, 2017 e 2018, das quais avaliam-se os aspectos da cognição envolvidos na resolução dos itens (questões) da OBF. O instrumento balizador para a categorização desses aspectos é a Taxonomia de Bloom Revisada (TBR), que apresenta uma proposta de classificação bidimensional cruzando uma dimensão do conhecimento, isto é, “o que” o estudante deve saber para resolver a tarefa proposta associado com os processos cognitivos envolvidos em tal resolução, refletindo em “como” o problema é resolvido. Os itens foram avaliados e categorizados na óptica da TBR, verificando que, o domínio do conhecimento conceitual teve maior frequência (60,6% dos itens válidos) e os processos cognitivos mais recorrentes foram aplicar (42%) e lembrar (14,5%). A dimensão do conhecimento metacognitivo não foi verificada em nenhum dos itens, de todas as edições da prova, assim como o processo da cognição criar. Essa análise permite ter um panorama geral dos conhecimentos avaliados auxiliando na inferência acerca da complexidade de cada prova.
Palavras-chave
Olimpíada brasileira de física. Avaliação. Aspectos da cognição. Taxonomia de bloom revisada.