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OS LIVROS DIDÁTICOS EM FOCO: SEUS USOS, APROPRIAÇÕES E OS DISCURSOS ACERCA DA DEFINIÇÃO DE SABER HISTÓRICO NA COMUNIDADE ESCOLAR DO CEFET-MG
Última alteração: 2019-09-18
Resumo
A disciplina História vem sofrendo críticas com relação a sua validade como conhecimento digno de confiança e, por conseguinte, o ensino de História e seus materiais didáticos tornaram-se objetos de suspeição, constituindo-se lugares por excelência de disputas sobre a dimensão de autoridade do saber histórico e seus usos por diferentes atores políticos. Alvo de críticas da imprensa, dos estudantes, da comunidade acadêmica e mesmo dos movimentos sociais. É verdade que tal debate não é novidade, contudo, hoje, acompanhamos novos atores nessa arena. A partir de questionários repassados a comunidade discente e docente buscamos construir um panorama sobre o status do conhecimento histórico em tempos de ataques às ciências humanas. A própria construção do questionário com as alunas já se apresenta como um indício interessante dos elementos norteadores da discussão entre os discentes: o uso da internet, as demandas relacionadas as pautas identitárias, as críticas em relação a linguagem do livro didático, por exemplo. Outro aspecto interessante são as formas de percepção do debate acerca da legitimidade de determinados conteúdos muito marcados pelas informações obtidas no ambiente familiar. A construção e o cuidado na confecção do questionário já trouxeram uma serie de reflexões sobre a complexidade da cultura histórica na qual os alunos estão inseridos, neste caso, com alguma ciência das diferentes formas de se relacionar com o passado.
Palavras-chave
Livro didático. História. Cultura escolar.