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Entende-se que as industrias têxtis fazem uso exacerbado de corantes, como por exemplo o corante azul de metileno, que ao serem descartados de forma incorreta promovem efeitos tóxicos à biota aquática (Kunz et al., 2002; Dallago & Smaniotto; Silva & Oliveira, 2012; Honorato et al., 2015). O método mais empregado para remoção destes poluentes é a adsorção, no entanto estudos visando o uso de produtos de origem natural vêm sendo empregados (Gonçalves et al., 2007; Honorato et al., 2015). A macaúba é um fruto do cerrado de grande abundância em Minas Gerais e possui baixo custo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial do epicarpo dos frutos da macaúba na remoção do corante azul de metileno. As frações granulométricas empregadas nos ensaios de adsorção correspondem as faixas de 14-28 e 48-65 mesh. O biossorvente preparado foi submetido as caracterizações físico-químicas e realizou-se um planejamento experimental (planejamento fatorial 2²). Subsequentemente realizou-se o estudo termodinâmico onde foi possível analisar os efeitos da concentração do corante (20, 40, 60, 80 e 100 ppm) e da temperatura (15, 25 e 35 ºC). O biossorvente apresentou melhores resultados para a adsorção quando os ensaios foram realizados na menor granulometrias (48-65 mesh). Conclui-se que o biossorvente obtido a partir dos frutos da Macaúba apresenta elevado potencial para remoção do corante azul de metileno com 100% de adsorção em apenas 30 minutos de contato e à temperatura ambiente.

Biossorção. Acrocomia aculeata. Azul de metileno.