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O café é uma das principais commodities agrícolas brasileiras, sendo Minas Gerais o principal produtor concentrando, aproximadamente, 50% do montante. Entretanto, o processamento industrial do café, bem como o uso residencial e no comércio são responsáveis por uma grande geração de resíduos sólidos (borra). Uma das formas de aproveitamento da borra do café é por meio do seu considerável teor lipídico, cujos métodos de extração não atendem os princípios da Química Verde. Dessa forma, objetivou-se o desenvolvimento de um método verde de extração de lipídios da borra de café. Para tanto, preparou-se a borra a partir de café comercial torrado e moído, sendo os testes de extração realizados com ultrassom e com agitação magnética, à temperatura ambiente. Os solventes verdes utilizados foram o acetato de etila e o éter etílico e a separação do resíduo por filtração simples e a vácuo. As médias dos teores lipídicos foram comparadas estatisticamente (ANOVA/Tukey; p < 0,05) com os dados do método de referência (Soxhlet). Após os ensaios comparativos pôde-se verificar que a extração com agitação magnética durante 30 min, utilizando 80 mL de éter etílico como extrator, com filtração a vácuo foi eficiente (14,8% m m-1), apresentando exatidão (p-value = 0,3673) e repetibilidade (CV = 2,1%) satisfatórias. Dessa forma, o método desenvolvido se mostrou apto para a extração de lipídios, com redução do tempo de extração e do volume de solvente, agora verde, e sem a necessidade de aquecimento.

Química Verde. Café. Extração de lipídios.