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A cidade de Campo do Meio, em Minas Gerais, é conhecida nacionalmente como a capital das capas automotivas, possuindo mais de quarenta fábricas no ramo. Cada estabelecimento descarta cerca de trinta quilos de resíduos por dia, totalizando em torno de vinte e quatro toneladas de restos de tecidos mensal. A utilização desses descartes em uma termelétrica diminuiria a poluição local, uma vez que esse tipo de usina conta com a presença filtros que impedem a contaminação do ar. O objetivo deste trabalho é verificar a viabilidade do aproveitamento desses resíduos em uma termelétrica. Inicialmente realizou-se um levantamento com os fabricantes para verificar quais os tecidos mais utilizados em seus produtos. Dentre os materiais utilizados, três são descartados em maior quantidade (M1, M2 e M3). Em seguida, algumas propriedades físico-químicas de M1, M2 e M3 foram determinadas. A densidade variou de 0,8 (M2) a 1,3 g cm-3(M1). O gás gerado na queima dos materiais foi recolhido e solubilizado em água. O pH das soluções obtidas variou de 1,3 (M1) a 4,6 (M3). Portanto, os testes preliminares mostraram que há liberação de um gás ácido, indicando a necessidade de filtros adequados caso uma termelétrica utilize esse tecido como fonte primária de energia.

Geração de energia. Termelétrica. Sustentabilidade.