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O louro (Laurus nobilis) é um condimento utilizado em larga escala, principalmente no preparo de alimentos que são cozidos em panela de pressão. Na extração de metabólitos as condições de extração e do material vegetal são um fator determinante para o perfil químico dos extratos obtidos. Os metabólitos presentes no louro são pertencentes às classes: ácidos de cadeia longa (ácidos graxos), alcaloides, diterpenos, tocoferóis, compostos fenólicos simples, heterosídeos de cumarinas e proantocianidinas. Vários destes apresentam atividade biológica comprovada. Para verificar como o emprego de folhas de louro secas ou frescas e o cozimento destas por período de tempo distintos afeta a extração dos metabólitos, este estudo foi realizado. Foram utilizadas como amostras folhas de louro secas industrialmente, secas em estufa e frescas. De cada uma destas amostras foram preparados extratos por maceração (por 4h), e decocção por 5,10,20,30 e 40 minutos em água. Os extratos foram analisados por ESI-MS (espectrometria de massas por insersão por elétronspray). Em todos os fingerprints foi observada a presença do sinal referente ao ácido linolênico (principal marcador químico do louro), com intensidade relevante. Dentro de cada grupo de extratos preparados por material de mesma origem mas, cozidos por períodos diferentes, não foram observadas diferenças marcantes, quando o tempo foi variado de 5 até 30min. Comparando o perfil químico dos extratos de louro fresco e seco, observa-se que nos primeiros, a região acima de 1000 Da é insignificante, enquanto para os fingerprints de decoctos de louro seco, e do decocto de louro fresco que foi aquecido por 40 min., essa se torna a região mais expressiva, levando à hipótese de que o aquecimento, seja no processo de secagem ou decocção por tempo igual ou superior a 40 minutos promove a polimerização dos metabólitos, onde as cumarinas correspondem às unidades monoméricas.

Louro (Laurus nobilis). Metabólitos bioativos. ESI-MS