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O descarte do grande volume de plásticos não biodegradáveis tem ocasionado sérios problemas ambientais, apesar da existência de metodologias para a reciclagem. Como consequência, a maioria dos plásticos continua sem destinação final. Concomitantemente, a busca por ações sustentáveis tem se caracterizado como um dos paradigmas sociais do século XXI. Dado o exposto, buscou-se no presente trabalho realizar o estudo sobre polímeros biodegradáveis, com enfoque nos poliésteres, buscando atualidades, propriedades e aplicações. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema, com base em artigos científicos e livros acadêmicos, publicados a partir do ano 2000. Inicialmente, constatou-se que as matérias-primas renováveis apresentam potencial para uma variedade de monômeros e polímeros tão úteis quanto os produzidos pela indústria petroquímica. A partir desta conscientização, tem-se buscado polímeros biodegradáveis, recicláveis, obtidos a partir de biomassa vegetal ou animal e/ou provenientes de fontes renováveis. Os poliésteres são uma classe muito promissora, pois, além da ampla possibilidade de aplicações, grande parte de seus monômeros são acessíveis. Entre os poliésteres estudados, destacou-se o poli (ácido lático) (PLA), utilizado em embalagens, utensílios domésticos e peças biomédicas, economicamente viável, resistente a determinados microrganismos e estável. Outros poliésteres importantes são os poli(β-hidroxibutirato) (PHB), poli(β-hidroxivalerato) (PHV), poli(hidroxibutirato-co-valerato) (PHB-V), poli(ε-caprolactona) (PCL), poli(ácido glicólico) (PGA) e o poli(ácido glicólico-lático) (PGLA), utilizados, por exemplo, como cápsulas de liberação controlada de drogas, fixadores em cirurgias e para embalagens especiais. Dessa forma, conclui-se que os poliésteres biodegradáveis são de grande valia como soluções ambientalmente adequadas às demandas atuais e com potencial para abranger outras demandas, no decorrer dos anos.

Poliésteres. Biodegradável. Revisão.