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O projeto visa combater as fake news que incidem sobre corpos, gêneros e sexualidades. A disseminação sistematizada de inverdades afeta, especialmente, minorias sociais, fomentando preconceitos e violências. O projeto anseia pela formação integral e respeito às diversidades. Foram realizadas rodas de conversas com estudantes no Campus NS, para problematização e discussão das publicações “Pabllo Vittar está grávida de Lula!” e “Como a igreja comandada por André Valadão promove a absurda ‘cura gay’”. Antes, foram realizados estudos iniciais, com os bolsistas, sobre conceitos como (des)informação, crença e verdade; noções de análise de discurso; elaboração de formulário de avaliação e criação de rede social (@descomplicaLGBTQIAP), já com 209 seguidores. Além dos encontros, são divulgados cursos e informações sobre datas afirmativas. Os participantes elogiaram a discussão dos temas; gostaram de ouvir experiências e aprender assuntos não refletidos antes; aprovaram a abordagem aberta e participativa; reconheceram letras da sigla LGBTQIAPN+. Sugeriram maior divulgação e outros temas, como pessoas LGBTs na política, doação de sangue e como “se assumir”. Nas análises das notícias, percebem-se montagens/edições e manipulação de discursos que instigam incertezas e medos, promovendo caos social, por interesses políticos ou disputas de poder. Há uma moral cristã que defende uma leitura a-histórica da Bíblia e nutre uma visão heteronormativa e patriarcal da sociedade, disseminando crenças que influenciam a noção de verdade, guiando hábitos e condutas. Para Michel Foucault, a sexualidade é um dispositivo histórico, construído socialmente, a partir de múltiplos discursos (reguladores), que instauram saberes e produzem verdades. Embora a homossexualidade deixe de ser considerada doença pela OMS, existe uma disputa de narrativas que insiste em tratá-la como patologia. Pelas avaliações, o projeto tem contribuído para o letramento científico e a formação integral.

Discurso. Diversidade. Desinformação.