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Contemporâneo a um modelo disciplinar que não inclui o ensino de Cálculo Diferencial e Integral (CDI) no ciclo formativo dos alunos do ensino médio tradicional, em um contexto no qual professores de matemática das turmas de cursos técnicos integrados ao ensino médio que exigem o aprendizado do cálculo encontram dificuldades em explicar esse tópico aos estudantes. A presente pesquisa tem como objetivo compreender a história do ensino de CDI nas escolas técnicas federais do Brasil. Essa compreensão se deu por meio da análise do material didático encontrado nos arquivos do CEFET-MG: uma apostila intitulada “Cálculo Diferencial e suas Aplicações”, escrita pelos professores Silvimar Fábio Ferreira, João Bosco Laudares, Luiz de Gonzaga Vieira, Pedro Cesar Rocha Coimbra e Valdemar Ferreira Lopes. Junto a essa análise, também foi utilizado o método de pesquisa histórica, associando a investigação de fontes escritas com a de fontes orais. Neste relato serão apresentados uma breve análise da história da educação matemática na instituição e os principais elementos do material estudado, com destaque para o capítulo sobre limites, bem como entrevistas realizadas com um dos professores autores da apostila (João Bosco) e com uma ex-aluna, contemporânea dele. Esses elementos auxiliam na construção de uma visão mais ampla sobre o ensino de CDI no CEFET-MG praticado nas décadas de 1970 a 1990, quando o material foi utilizado. Assim, os resultados elucidam a valorização da aplicabilidade e a repetitividade que se destacavam no modelo de ensino dessa época, bem como a predominância da apresentação do conteúdo por meio de conceitos intuitivos (matemática escolar), em detrimento das tradicionais formalizações (matemática acadêmica).

História da Educação Matemática. Ensino de Cálculo. História da Instituição.