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O lançamento de resíduos nocivos ao ecossistema, principalmente no ambiente aquático, com destaque para os corantes, constitui um problema significativo. Assim, o trabalho com processos oxidativos avançados (POA’s) orienta potenciais tratamentos daqueles resíduos. Uma das classes dos mesmos procedimentos é a fotocatálise heterogênea, cujo objetivo, no referido contexto, consiste em efetuar reações químicas de modo a produzir substâncias menos tóxicas. Assim, a finalidade do projeto foi avaliar a associação da adsorção à fotocatálise heterogênea, com biomassa de macaúba e dióxido de titânio. A preparação dos materiais envolveu o pré-tratamento básico da biomassa para aumentar a superfície adsorvente e a utilização de duas amostras, preparadas no laboratório e comercial, de nanopartículas de dióxido de titânio na fase anatase. Os processos de adsorção e fotocatálise foram avaliados utilizando soluções de azul de metileno na presença do dióxido de titânio e da biomassa pré-tratada separados, avaliando-se as cinéticas de descoloração por espectrofotometria UV-Vis. Os resultados mostraram que as soluções de concentração elevada fotolisadas somente com o óxido tiveram maior eficiência de redução na coloração, de 10,4%, do que a combinação com a biossorção, de 5,18%. A superfície fotoativa do dióxido de titânio é renovada a partir dos mecanismos de fotodegradação. Possivelmente, a superfície rugosa na biomassa observada por microscopia eletrônica de varredura (MEV) é saturada, limitando a ação da biossorção. Também, o fato do compósito possuir parte da superfície do fotocatalisador sem contato com a luz e o corante justifica a menor eficácia relativa ao TiO2 sem biomassa. Portanto, conforme os dados obtidos, a combinação de biossorção com fotocatálise possui potencial significativo quando realizado em série, diminuindo o volume de efluentes tratados por transferência de fase.

Biossorção. Fotocatálise. Dióxido de titânio.