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Na região do Alto Paranaíba, MG, mineradoras produzem o concentrado fosfático que é destinado à produção de fertilizantes. Como o minério extraído possui minerais contaminantes, como a hematita, magnetita e ilmenita, entre outros, torna-se necessário processá-lo envolvendo operações de separação magnética. Tais operações geram um rejeito rico em óxido de ferro, composto principalmente por hematita e magnetita (mais de 80%), que é estocado em depósitos e barragens de rejeitos. Somado ao impacto ambiental, as empresas de mineração geram resíduos de revestimentos internos de tubulações, de poliuretano, devido ao desgaste prematuro e acentuado por abrasão, principalmente. Com foco no desenvolvimento sustentável, este trabalho teve como objetivo desenvolver um compósito metal-polímero, utilizando o poliuretano e partículas de rejeito como reforço, e avaliar o potencial de ser aplicado industrialmente como revestimento interno de tubulações. Na parte experimental, o rejeito foi preparado nas frações 38-53 µm e 53-104 µm. O poliuretano foi fabricado a partir de pré-polímero (PTMEG e TDI) e agente extensor de cadeia MOCA. O compósito foi obtido durante o processo de fabricação do poliuretano, com a adição do rejeito em diferentes proporções (10, 20 e 40% wt.) e nas duas frações (38-53 µm e 53-104 µm). Os corpos de prova gerados foram submetidos aos ensaios de dureza, resistência à abrasão, à tração e ao rasgo, em parceria com a empresa Corfal Poliuretanos. O compósito com 10% de reforço (38-53 µm), apresentou melhores resultados e dentro dos parâmetros recomendados para aplicação em revestimentos de tubulações de aço, superando o poliuretano comum na resistência à tração. As conclusões dessa pesquisa fornecem uma base sólida para futuras otimizações visando aprimorar a eficácia e aplicabilidade industrial desses revestimentos.

Compósito metal-polímero. Rejeito magnético. Revestimento.