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Um dos desafios das obras de engenharia é a eminente necessidade de adoção de soluções em sintonia com o desenvolvimento sustentável. Neste contexto, ressalta-se a contribuição de projetos com geossintéticos, que trazem economia por meio da substituição ou redução de recursos naturais, melhoria do desempenho ao ciclo de vida, redução nas emissões de gases do efeito estufa e viabilizam obras com menores impactos ambientais, dentre outros se comparados com alternativas convencionais. As estruturas de contenção de solo reforçado com geossintéticos têm ganhado mercado nos últimos anos devido à possibilidade de estruturas mais verticalizadas e com vantagens técnicas, econômicas e ambientais, desde que obedecidos critérios de projetos, qualidade de execução e realização de manutenções periódicas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resistência de conexão em muros faceados com blocos segmentais e reforçados com geogrelhas. Foram executados ensaios em equipamento que permite a aplicação de forças horizontais e tensões normais, agregados graúdos de 4,75/12,5 mm (brita 0) e 9,5/25,0 mm (brita 1), blocos segmentais de concreto com encaixe a seco e geogrelha de poliéster de alta tenacidade com resistência à tração de 35 kN/m e aplicação de cinco tensões normais, que simulam diferentes alturas dos muros de contenção, para a obtenção das resistências de conexão. Os resultados demostraram que maiores resistências foram obtidas para a brita 1 em níveis de tensões normais maiores (> 55 kN/m2), de modo que o aumento das tensões normais causou melhor rearranjo dos materiais granulares e maior efeito de imbricamento. Para tensões menores os valores obtidos foram similares entre as britas 0 e 1, dentro do intervalo de variação do desvio padrão. Por último, atenta-se para importância da adequada seleção dos agregados graúdos, visto que possíveis quebras podem ocorrer para maiores tensões normais e, assim, comprometer a eficiência do sistema.

PALAVRAS-CHAVE: Solo Reforçado. Geogrelha. Resistência de Conexão.