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Examinar a construção de estereótipos racistas e preconceituosos nas mídias na primeira metade do século XX, explorando como tais significações criadas e mantidas, bem como compreender o impacto como isso reverberava sociedade da época. Objetivamos debater como essas mídias auxiliaram na perpetuação de preconceitos e estereótipos, gerando uma compreensão mais profunda dos desafios históricos enfrentados por esses grupos. A pesquisa para este artigo envolveu uma análise abrangente de fontes históricas, incluindo programas de televisão, filmes, artigos científicos dentre outras. A metodologia perpassa a identificação de padrões recorrentes em personagens e narrativas, bem como a análise crítica de discursos presentes nessas produções. Os dados coletados vieram de uma breve análise das obras "Sítio do Picapau Amarelo" (1920) de Monteiro Lobato, "Popeye" (1933) de Elzie Segar, "Fantasia" (1940) de Walt Disney, A Cabana do Pai Tomás (1969) de Hedy Maia, "Aladdin" (1992) de John Musker. Através da coleta de dados, pudemos observar e concluir como era evidente que os conteúdos desse período histórico frequentemente retratavam personagens de grupos raciais minoritários de maneira estereotipada. Personagens negros, por exemplo, eram frequentemente retratados como empregados, tolos ou criminosos. Além disso, o uso do "blackface" e "yellowface" contribuiu para a perpetuação de estereótipos prejudiciais. Animações do século XX eram extremamente marcadas pelo uso de estereótipos raciais e culturais, usando piadas que ridicularizavam grupos étnicos e perpetuavam preconceitos. Essas significações não apenas reforçavam atitudes discriminatórias, mas também afetavam a autoestima das pessoas pertencentes a grupos minoritários.

Estereótipos raciais. Preconceitos. Perpetuação.