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A pandemia de COVID-19 acentuou diversos problemas socioeconômicos do Brasil dos quais pode-se destacar a insegurança alimentar. Segundo o inquérito realizado pela Rede PENSSAN (2022), em 2021 o país contava com 33,1 milhões de pessoas passando fome, mas, apesar disso, os índices de desperdício de alimentos permaneceram elevados. Pensando nos impactos sociais, econômicos e ambientais do desperdício de alimentos, este trabalho teve por objetivo avaliar o desperdício de produtos hortifrutigranjeiros em supermercados e sacolões de dois bairros de Belo Horizonte e as atividades destes de reaproveitamento, tratamento e disposição final destes produtos. O projeto foi desenvolvido em três fases, sendo a primeira uma revisão bibliográfica acerca do tema; a segunda um levantamento dos estabelecimentos hortifrutigranjeiros presentes nas regiões estabelecidas, bem como uma pesquisa sobre suas práticas de combate ao desperdício de alimentos; e a terceira a escolha de um estabelecimento para aplicação de estratégias a fim de reduzir suas perdas, em conjunto com a análise de eficácia de cada prática estabelecida. Foi aplicada uma entrevista com 30 estabelecimentos comerciais localizados nos bairros Brasil Industrial, Nova Gameleira e adjacentes. Apesar de grande parte responder que sobram alimentos, poucos tem percepção clara sobre o impacto gerado. Além disso, poucos se sentem confortáveis em realizar campanhas educativas junto ao consumidor, apesar de ao se questionar o consumidor, a maioria entender que seria pertinente adoção de práticas de combate ao desperdício e de perdas. Escolheu-se então, dois estabelecimentos para avaliação do desperdício e de perdas. Constatou-se que, em média, 28 kg de alimentos são desperdiçados diariamente, e que, após a aplicação das técnicas de combate, houve uma diminuição notável na média de resíduos gerados. Por fim, pode-se concluir que, mesmo com a influência de fatores externos, as práticas de combate ao desperdício são eficientes.

Hortifrutigranjeiros. Perdas. Sustentabilidade.