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É de conhecimento geral que a crescente demanda por fertilizantes à base de P2O5, aplicáveis principalmente na produção de alimentos, impulsiona o desenvolvimento de formas alternativas, sustentáveis e mais baratas, para se obter tais recursos minerais não renováveis. Assim, prioriza-se a otimização de processos de tratamento de minérios fosfatados já existentes, na busca da máxima recuperação destes. A concentração eficiente e seletiva de minerais pode ser obtida com base nas propriedades químicas de superfície dos minerais, através da operação de flotação, possibilitando a separação do mineral-minério e ganga. Estas propriedades podem ser alteradas pela adição de reagentes específicos, coletores ou modificadores. A seletividade é dificultada pela similaridade da composição superficial entre estes minerais (apatita e carbonatos), portadores de cálcio, uma vez que os coletores utilizados interagem com este metal alcalino terroso presente na estrutura de ambos. Uma alternativa para melhorar a seletividade da separação apatita/carbonatos seria o emprego de reagentes eficientes. Dentro deste contexto, estudar os efeitos do perfil graxo de coletores aniônicos, em proporção de ácidos oleico e palmítico, pode elucidar o mecanismo de ação destes coletores e indicar possível alternativa na flotação seletiva de carbonatos e apatita. Dessa forma, esse trabalho visou avaliar o efeito da proporção de ácidos graxos na flotação de apatita e carbonatos. Ainda que preliminares, os ensaios de arraste demonstraram baixo efeito deste sobre a flotabilidade dos minerais estudados (apatita, calcita e dolomita). A partir de registros na literatura, a expectativa é observar a relação direta entre a proporção de oleato e a flotabilidade dos minerais, especialmente os fosfatados.

Apatita. Ácidos Graxos. Microflotação.