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Os programas de mobilidade acadêmica internacional estão cada vez mais se expandindo, principalmente devido ao processo de institucionalização das instituições educacionais brasileiras. As experiências de intercâmbio oferecem aos alunos novas possibilidades de aprendizado de línguas estrangeiras e de construção de redes interculturais, acadêmicas e profissionais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi depreender alguns efeitos de sentido da experiência de intercâmbio na constituição identitária de graduados do CEFET-MG, Campus Divinópolis. Este estudo é de caráter qualitativo e contou com a participação de quatro estudantes do curso de Engenharia Mecatrônica do campus, que expressaram vividamente suas experiências e representações por meio de narrativas autobiográficas escritas e entrevistas individuais semiestruturadas, realizadas pela plataforma Google Meet. Verificamos que entre os relatos de sonho realizado e as representações enraizadas postas à prova, cada sujeito, de maneira singular, compartilhou suas expectativas, preconcepções, surpresas e desapontamentos. A partir da singularidade das experiências, a vivência de intercâmbio resultou em impactos profundos nas identidades pessoal, profissional e cultural. A exposição a diferentes modos de vida, levou à uma autodescoberta, resultando em um desenvolvimento pessoal. Aliado a isso, as vivências com diversas disciplinas e metodologias educacionais lhes conferiram vantagens competitivas no mercado de trabalho, por meio de novas habilidades e conhecimentos. Além disso, questionamentos sobre suas origens proporcionaram uma compreensão crítica de suas identidades culturais, evidenciados por uma maior valorização de seu país. Desse modo, com impactos representados desde antes do processo de inscrição até o momento das entrevistas, o programa de mobilidade se apresenta como uma ferramenta efetiva de (trans)formação abrangente para seus participantes.

Intercâmbio. Constituição identitária. Experiência.