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O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise comparativa entre planos de fogo tradicionais e simulados em operações de desmonte de rochas em minerações. O plano de fogo tradicional, amplamente utilizado, baseia-se em cálculos analíticos e na experiência dos profissionais responsáveis pelo desmonte. Em contrapartida, o plano de fogo simulado, utilizando por exemplo o software o-PitBlast, proporciona maior precisão e controle prévio dos resultados, por meio de ferramentas digitais avançadas. A metodologia tradicional começa com o levantamento de dados em campo para elaboração do plano de fogo, como: face livre, altura da bancada, tipos de rochas, geologia estrutural presente na face livre; local para direcionamento do empilhado desmontado e estruturas ou locais que não podem ser afetados pelo plano de fogo. Enquanto no plano de fogo simulado, os dados são processados de uma topografia tridimensional e um modelo de blocos geológico. Logo, o software pode criar diferentes cenários, permitindo a identificação de possíveis ajustes antes da execução, otimizando o plano de fogo. Os resultados obtidos demonstram que o plano de fogo simulado reduz consideravelmente os impactos ambientais, como o ultra- lançamento de fragmentos, vibrações excessivas e níveis elevados de ruído, além de otimizar o uso de explosivos e acessórios, assim como a granulometria do empilhado. Em contraste, o desmonte tradicional apresenta maior dependência de ajustes durante o processo, o que pode elevar o risco de falhas operacionais e necessidade de correções pós-desmonte. Conclui-se que, embora o plano de fogo tradicional continue funcional em diversas situações, o plano de fogo simulado, com o auxílio do o-PitBlast, traz benefícios como maior segurança, precisão e eficiência. Todavia, sua implementação requer investimentos iniciais em tecnologia e capacitação especializada dos profissionais envolvidos.

Desmonte. Explosivos. Otimização.