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A produção de água tratada é um serviço social que tem seus custos elevados com a falha das estruturas de condução. Estudos do Banco Mundial estimam que se perde cerca de 48 bilhões de m³ de água tratada no mundo. Essas perdas de água além de possuírem aspectos econômicos para companhias de saneamento também estão relacionados a questões de sustentabilidade dos recursos hídricos. Assim, um controle de perda de água eficiente deve ser reconhecido como uma prioridade para melhorar o fornecimento de água potável. Neste contexto, existem diversas formas de detectar e analisar os vários tipos de vazamentos que promovem essas perdas. Dentre os principais métodos de detecção ressalta-se os geofísicos, que auxiliam nas tomadas de decisões principalmente por serem não destrutivos. O foco do presente estudo foi analisar como os métodos geofísicos, em especial a eletrorresistividade, podem ser utilizados para ajudar na mitigação dos problemas relacionados a perda de água em adutoras. Assim, foram realizados testes em laboratório com um modelo reduzido aonde foram simulados vazamentos em uma tubulação de PVC não pressurizada. Com um eletroresistivimetro, foram levantados campos de resistividade aparente em pseudo-seções do modelo. Os eletrodos foram posicionados no arranjo dipolo-dipolo e os principais resultados indicaram um campo de resistividade aparente para o cenário com vazamento significativamente diferente do cenário sem vazamento. A média da resistividade aparente para o cenário com vazamento foi 1910 ohm/m e para o cenário sem vazamento foi 5212 ohm/m. Os resultados apontam para um bom funcionamento da técnica de eletrorresistividade para identificação de vazamentos em tubulações não pressurizadas. Espera-se que esse trabalho contribua com o desenvolvimento de tecnologias para redução de desperdício de águas em sistemas de abastecimento no Brasil e no mundo.

Adutora. Geofísica. Eletrorrestividade. Água tratada.