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A pesquisa objetivou investigar o empreendedorismo materno, no contexto de Minas Gerais (RMBH). Para isso, desenvolveu-se um questionário, divulgado por meio de grupos das redes sociais como o Facebook, a fim de se fazer um levantamento sobre a caracterização das respondentes, dos empreendimentos e a problematização do contexto. Quanto à abordagem, a pesquisa teve cunho quantitativo. Utilizou-se o método levantamento e a amostra foi de 97 respondentes. Os principais resultados revelam uma certa maturidade e experiência no desenvolvimento de seus negócios, a maioria dos empreendimentos com mais de um ano de existência. Em relação a utilização dos aplicativos digitais, eles possuem um papel significativo, visto que são responsáveis por ampliar a visibilidade do negócio e funcionam como uma importante ferramenta impulsionadora de vendas, sendo que o Instagram e o WhatsApp são os líderes de uso. Grande parte das respondentes trabalhou com carteira assinada, enquanto 12% nunca tiveram um emprego formal. Em relação à formalização do negócio, 52% possuem um CNPJ, e 63 das respondentes afirmam serem as únicas funcionárias de seus negócios, caracterizando-os como micro e pequenas empresas. A flexibilidade de horários é apontada como a principal motivação para o empreendedorismo, seguida pela realização pessoal e pela busca por independência e autonomia. A família é a principal rede de apoio dessas mulheres, seguida de creches e escolinhas. Em relação às mazelas observadas, elas enfrentam dificuldades relacionadas à saúde mental (estresse, ansiedade, transtornos etc.), possivelmente decorrentes da sobrecarga de trabalho doméstico e profissional e impossibilidade de divisão de tarefas de forma igualitária com os homens. Por fim, a pesquisa reforça a ideia de que o empreendedorismo é uma alternativa atrativa para as mães, sendo uma escolha motivada por necessidade e busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Empreendedorismo feminino. Empreendedorismo materno. Redes sociais.