Portal de Administração de Conferências - CEFET-MG, 20ª Semana de Ciência e Tecnologia do CEFET-MG

Tamanho da fonte: 
VINÍCIUS DE MORAES, ORFEU DA CONCEIÇÃO E OUTROS ORFEUS
Roniere Silva Menezes, Claudia Cristina Maia, Lívia Torres Trindade

Última alteração: 2024-09-11

Resumo


O presente trabalho busca analisar cada uma das diferentes figuras de Orfeu existentes nas seguintes obras: Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes; Orfeu do Carnaval (1958), de Marcel Camus; Orfeu (1999), de Cacá Diegues e AmarElo: É tudo para ontem (2022), de Emicida. Partindo da análise de Orfeu da Conceição, aprendemos que a peça ultrapassou os limites dos palcos teatrais. Marcel Camus foi o primeiro a levar a história do morro carioca, escrita por Vinicius, para o cinema. Cacá Diegues elaborou uma releitura da peça de Vinicius e do filme de Camus, reproduzindo uma comunidade da capital fluminense do final da década de 1990. Vinicius valorizou a arte e a luta das pessoas negras. Marcel Camus levou ao mundo a história do morro carioca, porém, reforçou visões estereotipadas e eurocêntricas. Cacá Diegues desenvolveu diversos trabalhos com a temática negra, no entanto, é também criticado por tratar a questão a partir do olhar do intelectual branco. A pesquisa procurou estabelecer – por meio da Literatura Comparada e da intertextualidade – um diálogo entre as versões da figura de Orfeu realizadas sob diferentes perspectivas e contextos, associando-as à cultura afro-brasileira e ao documentário contemporâneo AmarElo: É tudo pra ontem, de Emicida. Neste vídeo, Orfeu é ressignificado a partir da percepção e da criação do rapper negro e periférico. A pesquisa contribuiu para ampliar nossa visão sobre diálogos interartes, a cultura negra e a sociedade brasileira.

Palavras-chave


Vinicius de Moraes. Orfeu. Música. Cinema. Cultura afro-brasileira

É necessário inscrever-se na conferência para visualizar os documentos.