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Na Etapa II – Prova Prática 2 da IV Olimpíada Brasileira de Cartografia, a equipe do CEFET-MG/Campus Divinópolis elaborou uma coleção de mapas sob o tema "viagem no tempo". O objetivo foi mapear as mudanças no uso e cobertura da terra na Microrregião de Divinópolis nos anos de 1985, 1990, 2000, 2010 e 2020, buscando compreender as transformações espaciais, com foco nas classes de água, agropecuária, cobertura florestal e crescimento urbano. Foram utilizados dados do projeto MapBiomas, que mapeia o uso da terra no Brasil a partir de imagens dos satélites da série Landsat, classificadas por algoritmos de aprendizado de máquina, com resolução de 30 metros. Os dados foram processados no QGIS para gerar os mapas. Os resultados indicaram uma redução significativa da superfície de água na maioria dos municípios. Divinópolis, Itaúna e Nova Serrana sofreram diminuições na área hídrica, enquanto Cláudio e Carmo do Cajuru registraram perdas de 20% e 9%, respectivamente, entre 1985 e 2020. Em relação à agropecuária, houve crescimento, com destaque para São Gonçalo do Pará (13%). A silvicultura teve um aumento expressivo de 4000% no período analisado. A cobertura florestal diminuiu 3,97%, com São Gonçalo do Pará apresentando a maior queda (20%). No crescimento urbano, entre 1980 e 2010, a população da microrregião cresceu de 84.045 para 483.473 habitantes, com a urbanização passando de 46% para 89%. Nova Serrana liderou com um aumento populacional de 2228% e de urbanização de 4485%. Divinópolis teve o maior saldo populacional (162.466 habitantes), mas o menor crescimento de área urbana (46%), sugerindo uma tendência de verticalização. A área urbanizada total da microrregião aumentou de 8.146 para 14.840 hectares. Os dados do MapBiomas, aliados à análise temporal, evidenciaram a necessidade de políticas ambientais e de gestão territorial voltadas à preservação de recursos hídricos e ao planejamento urbano sustentável na microrregião de Divinópolis.

SIGs. Cerrado. Microregião de Divinópolis.