Portal de Administração de Conferências - CEFET-MG, 27ª Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações

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O (NÃO) EMPREGO DA VÍRGULA PARA CONSTRUÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL REDAÇÃO DO ENEM
Suelen Érica Costa da Silva, Isabella Giulia Silva Ribeiro

Última alteração: 2017-08-26

Resumo


Tradicionalmente, a vírgula (,) tem sido tratada como um recurso utilizado para representar na escrita as pausas e melodias da fala. Nesta perspectiva, se trabalha a vírgula em algumas salas de aula do Ensino Médio. Mas como é que os falantes, aprendizes da escrita, se utilizam da vírgula (,) para produzir gêneros textuais, como a Redação do ENEM? O objetivo desta proposta é mostrar, a partir da análise de redações realizadas por 28 falantes do Ensino Médio, quais são as hipóteses que eles levantam ao interagir com o objeto de aprendizagem: a vírgula. Nosso quadro teórico pode ser qualificado, portanto, como sendo o do interacionismo sociodiscursivo de Bronckart (1999) e das propostas de Beaugrande (1997) para uma ciência do texto e do discurso. Para examinar as 28 redações que constituem parte do nosso corpus, valemo-nos de uma análise indiciária (GINZBURG, 1989) e qualitativa, procurando controlar tanto a utilização quanto a não utilização da vírgula. Consideramos a presença da vírgula (,) nas situações previstas e não previstas pelas regras, assim como a ausência do sinal de pontuação. As hipóteses mais frequentes realizadas pelos falantes são as relacionadas à troca da vírgula pelo ponto e pela falta da mesma em apostos.

Palavras-chave


Hipóteses. Vírgula. Gênero Textual.