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Neste trabalho se propôs caracterizar a polpa residual de lavagem de batatas como matéria-prima para a produção de biofilmes e nanoestruturas amiláceas, visando a reutilização de resíduos produzidos pelas agroindústrias. Foram coletadas amostras de polpa residual após as etapas de fatiamento e lavagem, na linha de processamento de batatas fritas da Empresa Bem-Brasil. Após a secagem, as amostras foram classificadas granulometricamente e caracterizadas quanto as propriedades físico-químicas, viscoamilográficas, microestruturais, térmicas e morfológicas. Os resultados iniciais mostraram que a polpa residual apresentou 80% de amilopectina em arranjo hexagonal do tipo B. Por apresentar boa estabilidade térmica, baixos valores de setback e viscosidade de quebra, aliado a elevados valores de viscosidade máxima e final e temperatura de pasta, a polpa exibiu um alto potencial para formação de biofilmes, mas se mostraram inapropriadas como ingredientes para produtos alimentícios, pois seus teores de fibras e proteínas ficaram fora dos limites especificados pela legislação. A análise de Espectroscopia de raios-X por dispersão em energia mostrou grande quantidade de Pentóxido de fósforo, Óxido de potássio e Óxido de sódio nas amostras. As etapas seguintes consistem na produção de nanoestruturas amiláceas, utilizando hidrólise ácida, seguida da produção de biofilmes reforçados com estas nanoestruturas, através do processamento casting.

Nanoestrutura amilácea. Biofilmes. Polpa residual de batata.