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https://www.youtube.com/watch?v=YIQLcXru-Qs
Esse trabalho analisa o processo de composição das personagens de Os condenados, evidenciando a perda de humanização e o modo como ocorre a representação objetificada da narrativa. Nesse aspecto, a coleta de dados se verifica na aproximação do romance ao processo de reificação, descrito por Karl Marx e por Georg Lukács, afim de compreender como o texto de Oswald de Andrade lança uma crítica aos rumos do progresso brasileiro, sobretudo ao avanço das cidades modernas. Os condenados é composto por “Alma”, “A estrela do absinto”, e “A escada”. Juntos esses escritos são encarados pela fortuna crítica como a tomada ideológica do autor (BRITO,1968, p.8). Nota-se, na narração, uma predileção pela substantivação, pelas palavras metonímicas de modo a propiciar um relato de uma experiência parcial. Esse aspecto, muitas vezes, fora associado à técnica cinematográfica, mas, para além disso, pode implicar também na coisificação da subjetividade das personagens, identificadas cada vez mais pelo caráter inanimado e automático. O procedimento metodológico para a realização desse trabalho é a pesquisa da forma estética, especificamente a configuração das personagens. Nela, é possível compreender contradições sociais a expor o contexto histórico da produção do romance que caminha tanto para a exposição da civilização, através da modernização, quanto evidencia a barbárie, colocada em função do tom trágico a demonstrar que o desenvolvimento brasileiro se faz por meio da desigualdade a ponto de combinar avanço técnico e sujeitos artificializados. Para a execução dessa pesquisa, referências teórico-metodológicas como Candido e Schwarz são indispensáveis, já que ajudam a entender os aspectos sociais e históricos tornando-se forma estética. Parte da conclusão que se pode destacar, é o caráter dialógico do objeto literário que proporciona a dramatização das relações históricas, levando à crítica e, por consequência, à transformação.

Reificação. Personagem. Os condenados.