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VÍDEO: https://youtu.be/mBf_G10I8PE

Nosso trabalho tem como objetivo central analisar e discutir os fundamentos e pressupostos da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo. Isso significa, em outros termos, que as análises e discussões realizadas aqui, têm como ponto de partida a consideração de que é impossível uma produção tecnológica e científica que promova a liberdade humana sem estar fundamentada e referenciada à experiência de transcendência do espírito humano. Para isso, foi empreendida a análise de algumas obras de filósofos importantes na construção de um pensamento crítico em torno da questão da técnica e da ciência, como, por exemplo, Aristóteles, Karl Marx e Martin Heidegger. Assim, a técnica moderna não somente está imersa em um constante desafiar da natureza, mas, sobretudo, requer o aí-ser humano no sentido de pôr a natureza como fornecedora de energia passível de ser extraída e armazenada como fundo de reserva disponível. A ciência, por sua vez, como fundamento da técnica moderna, consiste em um acontecimento ontológico segundo o qual a verdade transmuda em certeza subjetiva e o ente é objetivado como disponibilidade. Em suma, a ciência e a tecnologia modernas se fundamentam na matematização da realidade, na instituição do homo faber, do animal laborans, na precarização, não somente do ato de produção, mas do ato de criação e na consideração da natureza como uma realidade estática, passível de manipulação, planificação e maquinação. Em decorrência disso, o modelo poiético torna-se normativo não só para o conhecimento da natureza, mas também para o exercício da liberdade. Esse reducionismo, por seu turno, leva ao abandono do modo de ser autêntico do homem, enquanto abertura a totalidade do ser, ou seja, enquanto experiência de transcendência do espírito humano como fundamento e referência de todo conhecimento da realidade.

Técnica. Tecnologia. Ciência. Filosofia. Heidegger.