Portal de Administração de Conferências - CEFET-MG, 17ª SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEFET-MG - 2021

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DETERMINAÇÃO DO FATOR DE PROTEÇÃO ULTRAVIOLETA PARA TECIDOS TINGIDOS COM CORANTES NATURAIS
Fábio Lacerda Resende e Silva, Iza Fonte Boa Silva, Hemilly Brugnara Lara, Ana Clara Machado Silva

Última alteração: 2021-09-22

Resumo


https://www.youtube.com/watch?v=SpRfh81mqwU

A alta exposição à radiação ultravioleta (UV) está diretamente relacionada com a ocorrência de câncer de pele. Alguns cuidados, como utilizar roupas com boa proteção UV, devem ser tomados para evitar a exposição excessiva a essa radiação. A principal forma de classificar a proteção UV de tecidos é através do Fator de Proteção UV (UPF), geralmente determinado segundo normas da Australian Radiation Protection and Nuclear Safety Agency-ARPANSA. Um tecido 100% algodão com 200 fios, apesar do fácil acesso, entre outras vantagens, não apresenta boa proteção UV. O UPF desse tecido é de aproximadamente 4, o que não o classifica como tecido com proteção UV. Esse trabalho visa investigar o efeito do tingimento com corantes naturais na proteção UV de tecidos. Para isso, o citado tecido foi tingido com os corantes extraídos da casca de cebola, da beterraba e do repolho roxo. Com diferentes concentrações, foram produzidas 7 amostras tingidas com cada material. Os espectros de transmitância difusa das amostras foram coletados e seus respectivos UPF’s foram calculados seguindo as normas da ARPANSA. Os UPF’s das amostras tingidas a partir da casca de cebola variam entre 73 e 212, de forma que todas apresentam excelente proteção e são classificados como 50+. Esse comportamento se dá pelo fato da molécula quercetina, responsável pela coloração da cebola, absorver fortemente a radiação UV. Para as amostras tingidas com o repolho roxo, os UPF’s variaram entre 16 e 51, sendo classificadas como boa proteção, muito boa proteção e excelente proteção, dependendo da concentração utilizada no processo de tingimento. Os UPF’s das amostras tingidas com beterraba variam entre 10 e 34. Três dessas amostras não podem ser consideradas como tecidos com proteção UV, duas com boa proteção e outras duas com muito boa proteção. Pode-se concluir que o tingimento com corantes naturais, além de sustentável, pode resultar em tecidos com excelente proteção UV.

Palavras-chave


Proteção UV. Tecidos. Espectroscopia. Corantes naturais