Portal de Administração de Conferências - CEFET-MG, 17ª SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEFET-MG - 2021

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USO DE MATERIAIS COM MUDANÇA DE FASE COMO ALTERNATIVA PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES BRASILEIRAS
Raquel Diniz Oliveira, Júlia Cordeiro Vieira, Rogério Cabral de Azevedo, Vanessa Vanessa Aparecida Valadares de Sá

Última alteração: 2021-09-19

Resumo


https://youtu.be/kbKEGhoHYEU Os projetos de habitação, muitas vezes, desconsideram as características climáticas locais, corroborando com o uso de climatização artificial para alcançar conforto ambiental. Nesse cenário, algumas alternativas podem reduzir a amplitude térmica no interior das edificações, como o uso de material com mudança de fase (PCM). A principal característica do PCM é sua capacidade de armazenar calor por processo endotérmico e dissipar calor por uma reação exotérmica. Diferentes propriedades e comportamento físico emergem nos PCMs orgânicos (parafinas e ácidos graxos), inorgânicos (hidratos de sal) ou eutéticos (mistura de PCMs). Esse trabalho objetivou verificar a aplicabilidade de PCMs para adequação térmica da envoltória de habitação multifamiliar naturalmente ventiladas em São Paulo, Santa Maria e Curitiba. Inicialmente, selecionou-se o PCM composto por placa de gesso com parafina micro encapsulada com 12,5cm e 23°C de ponto de fusão. Posteriormente, avaliou-se o potencial de melhoria do desempenho térmico da edificação por meio de simulação térmica no programa Energy Plus considerando-se um modelo de referência com e sem o PCM. A partir dos dados simulados de temperatura avaliou-se as horas de conforto ao longo do ano nos ambientes conforme os limites da ASHRAE 55/2017. Como resultados verificou-se que para o caso mais crítico (último andar), as unidades habitacionais (UH) já apresentariam desempenho mínimo conforme a NBR 15.575/2021 sem o PCM. Em síntese, as UHs apresentaram os melhores resultados em São Paulo enquanto àquelas em Santa Maria, os piores. Em Curitiba observou-se resultados intermediários. Como conclusão parcial verificou-se que o uso do PCM, comparado com o modelo sem, aumentou em 21,6% as horas confortáveis termicamente na UH em Santa Maria. Complementarmente serão avaliadas as condições de conforto ambiental para São Paulo e Curitiba visando identificar os melhores cenários de otimização do desempenho térmico da edificação.

Palavras-chave


PCM. Desempenho térmico. Habitação multifamiliar. Clima subtropical brasileiro.