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REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM REVISTAS CULTURAIS DE BELO HORIZONTE, MG (1913-1932)
Última alteração: 2021-09-28
Resumo
Vídeo disponível em https://youtu.be/U6qD3dC3Alk.
O meio impresso se tornou uma maneira de agregar pessoas e, também, uma forma de apresentação de um grupo ou categoria social no contexto mais amplo da cidade – “mensageiro de relações”, meio peculiar de criar laços sociais, disseminar visões de mundo, possibilitar reconhecimento, construir diferenças e configurar identidade. A leitura crítica dos periódicos de Belo Horizonte permitiu analisar a relação entre as representações femininas, a divulgação destas nas revistas e a nova capital de Minas Gerais, um símbolo da modernidade. A metodologia foi dividida em duas fases: a primeira foi a leitura e discussão de referências bibliográficas sobre as características dos periódicos culturais, a construção de Belo Horizonte, o que é uma representação; e as linguagens presentes no gênero revista. E a segunda foi a análise de 32 exemplares de diferentes periódicos belorizontinos, acompanhada da indexação de todas as representações do gênero feminino encontradas, utilizando-se fichas em que se registrou a categoria do texto, imagem ou anúncio analisado, localização na revista, o resumo do item, sua pertinência e possíveis imagens presentes. A mulher é representada de várias formas: maternal, rainha do lar, graciosa, bela, elegante, vaidosa, sedutora, objeto, provocante, manipuladora, inocente, uma presa do predador homem. Nota-se uma dicotomia na representação feminina. Alguns autores descrevem as mulheres como puras, etéreas, idolatram a virgindade, enquanto outros falam sobre a figura feminina como naturalmente manipuladora e dominadora, que utiliza o corpo como ferramenta, selvagem. As representações femininas nas revistas culturais dizem mais sobre o feminino do ponto de vista masculino do que sobre as próprias mulheres. A mídia forma idealizações e estereótipos que constroem vários “tipos de mulheres”. Mas a mulher real, ou melhor, as mulheres reais, não se encaixam perfeitamente em nenhum desses padrões.
O meio impresso se tornou uma maneira de agregar pessoas e, também, uma forma de apresentação de um grupo ou categoria social no contexto mais amplo da cidade – “mensageiro de relações”, meio peculiar de criar laços sociais, disseminar visões de mundo, possibilitar reconhecimento, construir diferenças e configurar identidade. A leitura crítica dos periódicos de Belo Horizonte permitiu analisar a relação entre as representações femininas, a divulgação destas nas revistas e a nova capital de Minas Gerais, um símbolo da modernidade. A metodologia foi dividida em duas fases: a primeira foi a leitura e discussão de referências bibliográficas sobre as características dos periódicos culturais, a construção de Belo Horizonte, o que é uma representação; e as linguagens presentes no gênero revista. E a segunda foi a análise de 32 exemplares de diferentes periódicos belorizontinos, acompanhada da indexação de todas as representações do gênero feminino encontradas, utilizando-se fichas em que se registrou a categoria do texto, imagem ou anúncio analisado, localização na revista, o resumo do item, sua pertinência e possíveis imagens presentes. A mulher é representada de várias formas: maternal, rainha do lar, graciosa, bela, elegante, vaidosa, sedutora, objeto, provocante, manipuladora, inocente, uma presa do predador homem. Nota-se uma dicotomia na representação feminina. Alguns autores descrevem as mulheres como puras, etéreas, idolatram a virgindade, enquanto outros falam sobre a figura feminina como naturalmente manipuladora e dominadora, que utiliza o corpo como ferramenta, selvagem. As representações femininas nas revistas culturais dizem mais sobre o feminino do ponto de vista masculino do que sobre as próprias mulheres. A mídia forma idealizações e estereótipos que constroem vários “tipos de mulheres”. Mas a mulher real, ou melhor, as mulheres reais, não se encaixam perfeitamente em nenhum desses padrões.
Palavras-chave
Representação Feminina. Imprensa. Belo Horizonte.