Os rios da região metropolitana de Belo Horizonte apresentam elevadas concentrações de arsênio e, por isso, torna-se necessária a busca por processos de tratamento. Uma alternativa para o tratamento de metais pesados é a fitorremediação, que consiste na utilização de plantas capazes de absorver, imobilizar ou degradar contaminantes presentes na natureza. O trabalho realizado objetivou a criação de uma solução sustentável e de baixo custo para o problema da contaminação dos cursos d’água por metais pesados como arsênio. Avaliou-se o desempenho da espécie Polygonum punctatum em meio hidropônico contaminado com As(V) a diferentes concentrações – 0,2 com Fe-EDTA; 0,2; 2,0 e 5,0 mg.L^-1 sem Fe-EDTA - durante sete dias, através da análise de sintomas visuais e parâmetros anatômicos. A observação diária da parte aérea das plântulas não permitiu identificar quaisquer indícios de clorose, murchamento ou necrose causados pelo arsênio. Cristais de oxalato de cálcio analisados microscopicamente mantiveram quantidade e tamanho semelhantes sob diferentes concentrações, a exceção de 2,0 mg.L^-1 As(V). Acreditava-se que essas estruturas poderiam ser bioindicadores da contaminação por arsênio, porém os resultados encontrados refutaram a hipótese. Os resultados indicaram que a espécie não foi capaz de absorver arsênio em um período de sete dias.