Autoridades e população unem esforços na tentativa de controlar a dengue, no entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, 50 a 100 milhões de pessoas são infectadas pela doença anualmente. Embora o orçamento dos órgãos públicos destinados ao controle da dengue cresça a cada ano, em muitas cidades tais recursos continuam escassos, portanto, é importante que ações de controle tenham sua eficiência otimizada. A forma bem estabelecida de controle da dengue é a gestão ambiental que consiste de ações de monitoramento do vetor seguidas de ações de controle. Entre as ações de monitoramento têm-se a estudos estatísticos. Neste trabalho, estudamos novas metodologias para determinar áreas de infestação e fazemos comparação com as metodologias em uso corrente. As metodologias usuais fazem médias temporais, embora a população de vetores mude no espaço e no tempo. Neste trabalho propomos a determinação de áreas de infestação de vetores usando correlação espacial via clusters estatísticos espaciais de armadilhas. Foi demonstrado que a distribuição intrínseca de capturas das armadilhas é a distribuiçãode Poisson. Assim, aqueles clusters cuja distribuição do número de capturas são compatívíveis com a distribuição de Poisson são privilegiados na estatística de determinação de áreas de infestação.