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Francisco Adolfo de Varnhagen e a crítica ambiental oitocentista
Laura Nogueira Oliveira, Stela Marques Santos

Última alteração: 2015-07-21

Resumo


Estudo da mudança de perspectiva do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen (1817-1878) sobre a natureza brasileira. Em texto de 1840, ele denunciou a devastação de terras florestadas do país, mas 37 anos mais tarde, apresentou a natureza tropical como uma feroz inimiga do processo colonizador. Foram estudadas as obras teóricas: de José A. Pádua, para conhecer a crítica ambiental oitocentista, assim como para identificar pensadores desta corrente analítica; de Keith Thomas, para compreender a representação das florestas e do mundo natural como símbolo do atraso e da barbárie; de Warren Dean, para conhecer uma história redigida na perspectiva ambiental. Foram estudados estudos acadêmicos sobre 11 cronistas coloniais, assim como sobre os seguintes naturalistas e viajantes do XIX, que redigiram sob a perspectiva ambientalista: Geoffroy de Saint-Hilaire, Alexandre Rodrigues Ferreira, Domingos Vandelli, Lagsdorff, Carl Martius. Os estudos realizados permitiram identificar que, ainda que conhecedor dos trabalhos da crítica ambiental de seu tempo, Varnhagen reproduziu a visão dos cronistas coloniais, por ele estudados para redigir sua História geral do Brasil, assumindo a perspectiva de que a natureza brasileira era indômita e uma barreira ao avanço civilizatório, tanto durante a colonização quanto em sua contemporaneidade.

 


Palavras-chave


Ambientalismo oitocentista. Historiografia. Cronistas coloniais.