Última alteração: 2015-08-13
Resumo
Sob certas condições de temperatura e pressão, forma-se ao redor das granadas kimberlíticas uma camada denominada camada kelifítica. A finalidade do projeto é determinar se essa camada influencia ou não na resistência do mineral ao longo do percurso fluvial, além de determinar se, dados os tipos de camada com que a granada pode subir à superfície (angulosa, sub-angulosa ou arredondada), é possível descobrir a distância já percorrida pelo mineral. A princípio, selecionaram-se entre as granadas (previamente coletadas da região de Ilicínea) aquelas que possuíam camada kelifítica. Para recriar as condições existentes no rio, utiliza-se um tumbler, aparelho que simula o desgaste sofrido pelos minerais no percurso fluvial ao girar as granadas em um meio com água e sedimentos. A cada km percorrido, as granadas são pesadas em balança analítica e a cada 5 km é realizada uma microscopia eletrônica de varredura. Granadas não-kelifíticas em geral resistem por 9 a 11 km no percurso fluvial; mas averiguamos que a resistência de granadas kelifíticas é bem maior – de, no mínimo, 20 km. O projeto ainda está em andamento, mas já é possível concluir que a camada kelifítica, a princípio, confere uma maior resistência ao mineral.