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Este projeto pretende efetuar uma pesquisa de viés comparativo tendo como objeto o filme Dançando no escuro (2000), de Lars Von Trier. Trata-se de um estudo cujo objetivo é aproximar cinema e filosofia, a partir dos conceitos de imagem pensativa, sobrevivência e estética afirmativa, advindas das contribuições de Jacques Rancière, Georges Didi-Huberman e Friedrich Nietzsche, respectivamente. A partir desses conceitos centrais, pode-se elaborar uma leitura do filme de Trier na qual salientamos: a) o trabalho com as imagens e como elas são constituídas em seu cinema; b) a perspectiva do visível como forma de resistência e, ainda, como essas imagens servem para testemunhar um gesto afirmativo do cinema de Trier, que, sobretudo, ataca as formas de opressão, idolatria e valoração de uma cultura reativa. Dessa forma, é possível demonstrar as relações entre cinema e outros saberes, que perpassam a obra do cineasta dinamarquês. Com relação aos resultados parciais, a pesquisa avançou por meio de uma revisão bibliográfica, fichamentos e pelo início da escrita de um artigo que constata a relação entre imagem e pensamento no cinema do diretor pesquisado.

Cinema; Filosofia; Estética afirmativa