Nas últimas três décadas duas grandes ondas tecnológicas, informática e telecomunicação, têm impactado nosso modo de vida. Consequentemente, uma expressiva quantidade (40 milhões de toneladas mundiais) de e-lixo é descartado ou armazenado indevidamente, agravando o problema ambiental e colocando em risco a saúde dos seres vivos por conterem metais pesados (chumbo, mercúrio e cádmio, por exemplo) e outras substâncias tóxicas. De acordo com a literatura, no Brasil, cada pessoa produz, em média, anualmente, cerca de 0,1 kg de rejeitos de celulares, compostos por aproximadamente 45% plástico, 40% placa de circuito, 4% de cristal liquido do display, 3% de magnésio e 8 % de metais diversos - esses dados não incluem ainda as baterias e embalagens. No país menos de 3% deste total é reciclado, isto representa menos de 700 toneladas das 23,5 mil toneladas produzidas por ano. Neste trabalho foram caracterizados os componentes das placas de circuito impresso (PCI's) a partir de ensaios de fluorescência de raios X (FRX) e difração de raios X (DRX), bem como foi aperfeiçoada uma rota hidrometalúrgica, ataques ácidos (HCl) seguidos de precipitação com uso de placas metálicas , em que os metais com elevado valor(Cu, Al, platinoídes dentre outros) foram precipitados e extraídos. A rota desenvolvida permitirá o início da reciclagem de placas de circuitos impressos no país, a partir da transferência desta tecnologia para a iniciativa privada.