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No Brasil, país considerado pela ONG Global Witness como o mais perigoso do mundo para o ativismo ambiental, tendo em vista o alto número de assassinatos de ambientalistas, mulheres lutam por espaços de expressão para disseminarem seu discurso em defesa do meio ambiente. Durante séculos, as mulheres tiveram suas vozes abafadas e silenciadas pela sociedade patriarcal, principalmente em ambientes políticos. Atualmente, o protagonismo ambiental feminino é sustentado pela apropriação da internet, especificamente do site de rede social Facebook. Mesmo com alguns obstáculos que ameaçam a participação e a deliberação política, como desigualdade de acesso, censura e controle excessivo das redes, a apropriação do site por ativistas pode contribuir para reflexões e trocas comunicativas, transformadoras de comportamentos e hábitos. É nesse espaço que estudamos as narrativas digitais de mulheres ambientalistas. Utilizamos uma base epistêmico-metodológica múltipla, discorrendo sobre os discursos digitais de forma constitutiva e qualificando todos os traços discursivos, a fim de entender como se dá a construção das narrativas ambientalistas no Facebook e como essas narrativas contribuem para a expressão ativista.

Ambientalismo. Narrativas no Facebook. Discurso digital. Feminismo. Política.