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SEXISMO NA PROFISSÃO DOCENTE: QUANDO OS HOMENS SOFREM PRECONCEITOS DE GÊNERO!
Rodrigo Zola Bahia, Raquel Quirino Gonçalves

Última alteração: 2019-09-12

Resumo


O sexismo é uma expressão de preconceito de um grupo social contra outro. Embora atitudes sexistas sejam atribuídas à segregação das mulheres a profissões ditas femininas, as estruturas, grupos e instituições sociais incorporam tais atitudes e as reproduzem contra todos aqueles que desobedecem a uma ordem estabelecida e transgridem o status quo proposto pela divisão sexual do trabalho. Historicamente áreas e profissões dedicadas ao cuidado, incluindo a área educacional, são destinadas às mulheres, tendo o homem o seu espaço profissional em profissões realizadas em ambientes mais inóspitos e com destaque à utilização da força e à tecnologia. Evidencia-se tal divisão em todas as áreas e atividades profissionais e a atribuição de maior ou menor valor econômico e social às profissões ou funções masculinas ou femininas. Destarte, à luz das teorias da divisão sexual do trabalho e da história do trabalho docente, o presente estudo analisa discursos de entrevistas semiestruturadas com professores homens que atuam na Educação Infantil em creches de Belo Horizonte. Os resultados evidenciam que a divisão sexual do trabalho docente demarca os níveis e modalidades de atuação de professores/as na área educacional, cria obstáculos à livre atuação dos professores homens da educação infantil e gera preconceitos de gênero e sexismo também a esse grupo social. Tal situação pode ser caracterizada como um “sexismo às avessas” no qual os homens são também vítimas dos preconceitos de gênero.

Palavras-chave


Sexismo. Divisão sexual do trabalho. Profissão docente. Educação infantil.